Uma preliminar ética na abordagem da transferência nas psicoses
Louis Sciara
Pela profusão das manifestações no Real que os atravessam, os psicóticos têm essa especificidade de revelar aos neuróticos estupefatos que é mesmo a clínica do objeto que guia a estrutura. Em conseqüência, não é tão simples abordar a questão da transferência nas psicoses pela noção de “sujeito”. Que ela suscite precisões, observações, que ela comporte certos enigmas, não a torna menos essencial no plano ético para o clínico, particularmente em sua maneira de se implicar, ou melhor, de se ver implicado num dispositivo transferencial singular a cada paciente psicótico.
Quem fala? Quem fala a quem? Há mesmo um endereçamento no que é enunciado? Essas questões tão recorrentes na clínica e na vida cotidiana tornam-se caricaturais na transferência quando o clínico empresta seu ouvido a certos pacientes psicóticos, bem especialmente aqueles submetidos a um automatismo mental franco e massivo. Nesses casos, o clínico se pergunta fundamentalmente com que sujeito ele lida. No entanto, inúmeros pacientes psicóticos manejam uma linguagem que não é tão mecânica, nem redundante, eles interpelam mais o clínico nesse questionamento. Para responder a essas interrogações, a precondição é distinguir, nuançar, as noções de sujeito, subjetividade, subjetivação, posição subjetiva, a fim de avaliar melhor a heterogeneidade das estruturas clínicas, aquelas que passaram pelo desfiladeiro humilhante da castração, aquelas que a foracluiram, e de seu determinismo na instauração, no desenrolar, nos limites do processo transferencial.
De uma maneira geral e sem dúvida algo esquemática, não me parece possível falar de subjetividade para os falasseres psicóticos. Empregarei preferencialmente o termo subjetivação, no sentido em que há significantes puros, representantes, que ressoam, se agenciam, se tecem eventualmente uns aos outros, dando lugar algumas vezes a construções diversas: esboços delirantes, até mesmo, nas psicoses paranóicas, delírios articulados em torno do que se convencionou chamar de uma metáfora delirante, chegando às vezes ao extremo de uma cristalização que lhes confere uma estabilidade, uma forma de “cura”, para retomar a palavra de Freud.
Entendo por subjetividade os efeitos linguageiros que resultam da divisão subjetiva no sujeito neurótico. A saber, o que traduz um duplo registro:
– o da incidência da castração, que o institui como sujeito dividido, no sentido em que ele é levado pela cadeia significante, que ele advém de uma evanescência significante que o submete a ser representado por um significante para um outro significante, de maneira quase automática, isto é, sem que ele seja vetor de sua própria jactância. Nesse sentido, ele é mais falado do que fala… o que remete também à relação com a palavra e com a linguagem do psicótico.
– o da responsabilidade do sujeito de circunscrever a esses significantes primordiais, e não a outros, seu deslizamento[1] significante próprio, fazendo-se assim de algum modo parte integrante das conseqüências do recorte, da perda de gozo que concerne a seu corpo, ou seja, do objeto que o singulariza como sujeito, o guia em sua fantasia e causa seu desejo.
A subjetividade concerne in fine ao deslizamento significante próprio a um sujeito, a sua maneira de falar e de se inscrever num discurso, à escansão pulsional de sua enunciação, às modalidades de implicação de seu corpo, ao manejo do “eu”, à presença egóica, ao conjunto que se inscreve na relação com o Outro. Afirmarei, por um lado, que a subjetividade está estreitamente ligada para o neurótico a seu sintoma, sua marca individual por excelência, e por outro lado que é o enodamento subjetividade/sintoma que molda sua posição subjetiva como efeito do corte que o inscreve como sujeito da enunciação.
Desse segundo registro, deduz-se que o falasser psicótico não é um sujeito dividido, já que está fora do recorte, fora da perda de gozo. Assim, não se pode atribuir-lhe a mesma responsabilidade de sujeito. E mesmo que não seja tão seguro que ele seja representado por um significante para um outro significante – com a condição de interrogar o estatuto do significante no campo psicótico -, de modo algum sua relação com o Outro é marcada pela castração, o Outro sendo ele mesmo não castrado na psicose, o que traz todo tipo de conseqüências: nenhuma perda que engendre uma lógica simbólica do desejo subentendido por uma fantasia primordial que orienta a vida inconsciente, uma hipocondria do corpo que não obedece às determinações fálicas da função da representação, uma desespecificação pulsional ou pelo menos um acoplamento problemático dos diversos registros pulsionais, uma relação com a linguagem que testemunha uma foraclusão do Outro, o que não significa que não haja um lugar do Outro para a imensa maioria dos falasseres psicóticos, já que muito poucos não têm acesso à linguagem….
Do que se trata então na “roupagem” linguageira de um paciente psicótico entregue a uma automaticidade? Em primeiro lugar, é preciso constatar que ele tem acesso ao significante, e até mesmo que todo significante não é reduzido ao signo. A subjetivação que ele exprime também é limitada. Ela provém de um tipo de vestimenta linguageira estereotipada que muitas vezes cola na gramaticalidade da língua, aliás sem que haja forçosamente neologismos ou distorções sintáticas. Isso não pode deixar de questionar o clínico sobre o que é possível supor-lhe como capacidades para serem usadas de uma palavra que o sustente, na medida em que ele não pode se apoiar num discurso. Que o clínico esteja advertido disso, que ele detecte aí subjetivação e não uma subjetividade, não deve eximi-lo de sustentar uma posição ética; a de fazer a hipótese de que há sujeito em cada paciente, psicótico ou não, esteja ele sob o efeito de um automatismo mental maior ou mínimo, isto é, que ele seja mais ou menos falado do que fale. Sem contar que, num registro psicótico mais estruturado, a hipótese se acha reforçada, pois como não interrogar o estatuto desse “sujeito” que fala, que maneja muito bem o verbo, sem distúrbio linguageiro?
Que o sujeito não tenha o mesmo estatuto nas psicoses, que ele não seja dividido, que ele não seja o sujeito da enunciação, não permite que se desrespeite essa ética. Marcel Czermak emprega muitas vezes a expressão “talo[2] de sujeito” para falasseres psicóticos, justamente para fazer valer – me parece – que ele supõe que há sujeito psicótico, sempre lembrando que, em certos quadros clínicos, a tendência é para a morte do sujeito, justamente para o engolfamento desse “talo” que até então o protegia da morte subjetiva. Em todo caso, trata-se a meu ver especialmente desses pacientes que apresentam as formas mais deficitárias da psicose, digamos no registro das esquizofrenias, até mesmo das parafrenias, que nos convidam a colocar a questão do sujeito nas psicoses como uma necessidade ética. Esta última repousa na disposição do clínico a se incluir ou, antes, a se ver incluído na transferência, sendo designado aí a um lugar enigmático, na maioria das vezes a sua revelia, tendo mesmo assim o dever de tentar situá-lo.
Uma vez posta essa questão do “sujeito” psicótico em sua complexidade e seu fundamento ético, é importante retornar ao quadro transferencial no qual a palavra de um “sujeito” psicótico se inscreve. As modalidades transferenciais são heterogêneas àquelas da neurose: nem disparidade de lugares, nem sujeito suposto saber, nem Outro barrado. É também fundamental lembrar a importância e o impacto da automaticidade linguageira em toda psicose, sempre ressaltando que ela não é, justamente, da ordem da repetição. De Clérambault faz menção a isso, que permanece como uma indicação estrutural maior no plano da transferência, mesmo quando ela parece menos flagrante nas psicoses interpretativas. A ocorrência mais favorável, mais frequentemente nos casos de paranóias, é a de uma oscilação instável imaginária em que o paciente e o clínico se acham em simetria, em posições de pequenos outros. Isso não exclui momentos mais delicados em que um ou outro venha a ocupar um lugar Outro: disposições potencialmente mais propícias a fases deletérias, fecundas. Durante essas fases, o clínico deve dar prova de vigilância em relação a uma eventual passagem ao ato de seu paciente em sua direção, mas também diante de seu paciente suscetível a uma grave descompensação. São esses períodos delicados da transferência que colocam o clínico numa posição de Outro real que faz Um, que sabe, que persegue, que maneja as cordas, ou que ama realmente.
Como entender e analisar a subjetivação que vem à luz na transferência? Ela comporta a meu ver duas abas principais, de importâncias desiguais conforme o caso, eminentemente intricadas e que se reforçam uma à outra:
– a da atividade delirante quando ela está estabelecida: delírio cristalizado, delírio inscrito de saída a partir de um “postulado fundamental”, delírio que se constrói às custas de remanejamentos perpétuos ou ainda por fragmentos de idéias delirantes que não adquirem verdadeiramente consistência, deixando o falasser numa certa flutuação, numa ausência de sustentação que o faz sofrer. Essa atividade é mais ou menos infiltrada por todo tipo de fenômenos elementares que a moldam e enriquecem.
– a da automaticidade linguageira que se apóia numa gramaticalidade da língua. Entendo isso como um certo respeito da organização, da sintaxe, da “música” da língua que, curiosamente, misteriosamente, faz sua função. Ela parece advir de uma lógica sui generis própria a cada língua.
Essa automaticidade linguageira se apóia numa rede significante que não está forçosamente colada ao deslizamento[3] da metáfora delirante em questão. Isso pode permitir esclarecer, retroativamente, esses casos de “delírio parcial”, bem conhecidos dos alienistas de outrora, que mantêm grandes capacidades de manejo dos significantes, com a condição de que eles não estejam ligados ao núcleo focalizado de seu delírio, colocando também em evidência que a variedade de quadros clínicos de psicoses está correlacionada à extensão maior ou menor dos efeitos da foraclusão do Nome-do-Pai.
Quero enfatizar, nessa lógica implacável da transferência psicótica, a segunda aba, a da sujeição própria à automaticidade. Como é que ela infiltraria, influenciaria os laços transferenciais? Não participaria ela de uma subjetivação singular ao “sujeito” concernido, pelo viés de um desfiar de puros significantes, que são capazes de impor um conjunto de significações: algumas próprias a alimentar a tessitura delirante do “sujeito, se essa tessitura existe, outras contribuindo para manter o dito sujeito num discurso corrente que cria ilusão e lhes concede um lugar possível no laço com o outro e mesmo no laço social?
A questão é então saber em que o clínico na transferência seria parte integrante dessa subjetivação e em que ele poderia se prestar para proteger o quadro do espaço da transferência. Se parece oportuno que o clínico deva se abster de destilar interpretações intempestivas, fontes inevitáveis de catástrofes subjetivas, não deveria ele sobretudo contribuir para deixar ao “sujeito” psicótico a possibilidade de expor e se apoderar disso que o “fala” a sua revelia, apostando assim nas aptidões potenciais do paciente para se virar com isso? Acontece também que o clínico venha a indicar em sua fala limites que visam a que o paciente não se perca, a fim de que ele não padeça dos efeitos devastadores demais disso que ele restitui em sua subjetivação. A subjetivação, mesmo reduzida ao que se desdobra de uma automaticidade linguageira, justifica, no plano transferencial, uma hipótese, por assim dizer uma aposta. Ela supõe que haja “sujeito” que tenha podido advir ou que poderia advir em casos de psicose em que não há vestígio evidente de “talo” de sujeito. É também uma dinâmica que dá conta de um “trabalho” que pode ser espontâneo e não apenas transferencial, de uma tessitura de significantes de uma construção em curso, não acabada, sempre em movimento, a exemplo de uma “tentativa de cura” que não tem visada de constituição de uma trama delirante.
A “subjetivação” traduziria seja como for uma colocação em circulação de puros significantes, mas que não são reduzidos a signos; o que designa algo para alguém, a entender então como uma mensagem real que atribui uma “significação pessoal”, a exemplo de um fenômeno elementar que não dá lugar ao menor distanciamento de leitura, à menor dialética. Em sua aba de automaticidade, estes significantes em circulação não seriam correlatos, assujeitados diretamente aos significantes primordiais que tocariam a questão paterna.
Coloca-se também a questão do lugar da palavra. Não se trata daquele que o sujeito neurótico vem habitar no Outro pelo fato da castração que fixa as condições de sua emergência, inclusive intermediando o aluguel do sintoma que ele deveria pagar em troca – como metaforiza Charles Melman. Trata-se de um lugar enigmático pelo fato da foraclusão do Outro, de um Outro não barrado, mas sem que por isso o Outro como lugar esteja ausente, pois os psicóticos têm, na maioria das vezes, acesso
à linguagem. É um enigma esse lugar do enunciado mais do que da enunciação, do signo mais do que do significante, mas também o das significações inteiramente pessoais.
Precisar mais essas interrogações a propósito da subjetivação e do lugar não é simples. Ainda menos simples porque a clínica das psicoses é polimorfa. A questão do sujeito psicótico não se coloca da mesma maneira conforme o tipo de psicose, nem que seja em relação às diversas vicissitudes ligadas à fase do espelho e, portanto, ao imaginário especular, mesmo truncado, que dela resulta: paranóias, esquizofrenias, delírios de imaginação ou psicoses maníaco-depressivas. É possível tentar isolar especificidades na transferência segundo uma tipologia. É no entanto fácil constatar na experiência clínica que, mesmo se o paranóico, por sua consistência egóica, sua atividade delirante, parece mais inclinado a se prestar à transferência e a desenvolver uma certa elaboração, nem sempre é assim. Alguns exemplos clínicos podem iluminar minha fala.
Assim, considerando que as psicoses passionais façam parte do campo das paranóias, de que “sujeito” se trataria no passional? O “postulado fundamental” que o guia daria lugar apenas a uma subjetivação qualquer num contexto em que a automaticidade linguageira não é preponderante e levando em conta o fato de que o “trabalho” do delírio parece quase inexistente, de tal modo ele está fixado numa cristalização delirante que se funda no “postulado fundamental”? No entanto, há casos sob transferência que podem surpreender, como se um esboço dialético pudesse se estabelecer, apoiando-se em oscilações do delírio que surpreendem até o clínico. É bem verdade que se trata muitas vezes de pacientes que atravessam um período fecundo passional, mas que não sofrem de uma psicose passional declarada, enquistada e inabalável.
Outro exemplo: o de pacientes muito mais deficitários, esquizofrênicos em situação grave, sem apoio que os sustente, sem nem mesmo fenômenos de vozes que possam lhes dar um lugar, sem delírio constituído, interpelados o tempo todo pela hipocondria de seus corpos. Para alguns surgem possibilidades de “subjetivação” insuspeitadas, muitas vezes após anos de acompanhamento e ao preço de um respeito por sua reticência. Para estes, um acompanhamento e um tratamento médico em paralelo são em geral indispensáveis. Na minha experiência pessoal, incitá-los a escrever o que os atravessa pode facilitar uma certa elaboração, suscitando uma tessitura pela escrita que apóia pouco a pouco um trabalho de palavra, uma subjetivação cujo componente automático permanece maior.
Como não insistir também na transferência numa relação com o Real mais direta por não ser metaforizada, não amortecida por um sintoma, não ordenada pela fantasia? Isto pode ter conseqüências extremas quanto a esse lugar enigmático e a essa “subjetivação” em certas psicoses, por ocasião de momentos fecundos que concernem a diversas formas clínicas de psicose. São esses psicóticos entregues ao objeto real que os fala, os guia, os olha, os aspira, varrendo e até mesmo erradicando o talo de sujeito que os fazia manterem-se até então. Certamente a alucinação verbal designa e assegura ao menos um lugar mínimo, mas se o falasser em questão sofre seu desdobramento e sua intrusão permanentes isso pode reduzir, para não dizer aniquilar o lugar mínimo que ele tinha assim se arranjado.
Outras ocorrências são esses pacientes submetidos à ducha escocesa de um Real que se desencadeia e os escraviza, e que aprendem pelo viés de seu trabalho de palavra com o clínico a resistir à catástrofe, a conter a avalanche de signos que lhes cai em cima, desarmando-os por, eu poderia dizer, “contra-signos”. Eles não deixam de perceber, sempre um pouco mais, de que modo eles se veem abocanhados por tudo que se apresenta a eles e lhes faz signo. Embora continuando a gozar de se fazer o objeto de eleição do Outro, eles podem chegar a largar um pouco de seu gozo por uma subjetivação que, sem contradizer seu delírio, os defasa dele graças a esses contra-signos que podem emergir por meio da transferência e não sem se enodar a certos significantes enunciados pelo clínico.
Todos esses exemplos de subjetivação não podem deixar de interrogar os clínicos sobre o lugar que eles vêm ocupar e sobre a função de suplência que recai neles no decorrer do que se enoda na transferência. Acontece que essa dita subjetivação só é analisável caso a caso. Eu quis enfatizar o fato de que é preciso levar em consideração como uma necessidade ética a questão tão complexa do “sujeito” psicótico. Ela é ostensível na transferência a partir do momento em que o clínico busca ouvir a palavra do paciente psicótico que o interpela, nem que seja porque na maioria dos casos todo significante não se reduz ao signo, o que faz com que haja unívoco mas não apenas unívoco, mesmo se existem pessoas psicóticas que são verdadeiros autômatos, cabides, como diz Czermak, puros invólucros.
Não há também que se iludir sobre a transferência psicótica psicologizando-a, fazendo dela um trabalho de compaixão, de intuição clínica. Pode haver aí um savoir-faire, uma experiência, mas isso não basta. A surpresa, mais do que exceção, é a regra. As coerções impostas pela estrutura psicótica são tais que o praticável é reduzido. Na maioria das vezes nós tateamos. No entanto, não fazer a hipótese, não supor capacidades de “subjetivação”, é não dar mais crédito à palavra. Ora, a formação atual dos jovens “psis” desacredita a palavra dos psicóticos, reduzindo-a a um não-senso, a signos, a itens, a um determinismo biológico, genético. Mesmo se Freud não era nada otimista quanto à fundamentação do tratamento dos psicóticos, o encaminhamento de Lacan, desde o “tratamento possível” até o “sinthome” abriu perspectivas para refletir justamente sobre o praticável, mas nos limites do que a estrutura psicótica impõe e com a condição de não se confinar numa lógica do todo fálico.
Sublinhar essa “necessidade ética” de fazer a hipótese do sujeito – certamente não dividido – caso a caso, impõe-se para apreender o que se elabora, quando é possível, na transferência psicótica e para opor um discurso que faça contrapeso à evolução comportamentalista e biologizante da clínica. Sem no entanto cair num ativismo psicanalítico que colocaria em perigo falasseres que resistem mal à transferência, como Marcel Czermak ressalta. Apesar disso, a palavra deles, mesmo sem subjetividade, conta.
[1] NT – No original, erre, distância que um barco ainda percorre após o desligamento do motor de propulsão.
[2] NT – No original, trognon, parte de uma fruta que resta após o consumo de sua polpa, talo de uma folha de verdura, sabugo do milho, etc. Na forma mon petit trognon é uma expressão carinhosa de tratamento.
[3] NT – No original, erre.