Pierre Danhaive – 01/05/2008
No curso de um trabalho em pequeno grupo sobre a fobia, nos pareceu encontrar uma convergência entre os trabalhos de I. Diamantis, J.-M. Forget, G. Chaboudez, J.-P. Lebrun e alguns outros. Aqui estão diversos elementos.
A fobia, clinicamente, se desencadeia no momento de um atentado narcísico que remete ao inseparável.
Parece então que seu ponto de partida lógica se situa no momento da passagem do auto-erotismo do lactente (fase narcísica primária) ao amor pela mãe (segundo objeto de amor) ou, para dizer de outra forma, no momento da constituição do primeiro objeto externo (a a-separação).
Essa “fase” é dita por Freud: pré-edipiana, e desemboca no amor edipiano de objeto.
Ela gera na criança uma angústia de separação de si mesma, e uma angústia de perda da mãe, a qual, pelo simples fato de se ausentar, se objetiva como significante. (Fort-da)
Dois agentes vão aqui interferir, concorrendo para o nascimento de um sujeito desejante.
De um lado, o surgimento de um terceiro (o pai na nossa civilização originada do monoteísmo judaico) vai referir esse significante (do desejo da mãe) a alguma coisa que ele deteria. É a “fase” edipiana. Ele vai significar para o sujeito o Falo (Lacan), que toma o lugar do desejo da mãe (é uma metáfora) que se vê falicizado, toma um sentido sexual. A presença efetiva do pai (seu não) estabelece a diferença sexual e seu significante: o Falo simbólico (seu nome)2
De outro lado, os objetos pulsionais parciais (seio, fezes, olhar e voz), objetos de troca não verbalizada com a mãe, se tornam, pela intervenção da linguagem, objetos de uma demanda. O sujeito se vê confrontado à demanda da e à mãe, isto que Lacan escreve SàD, o algoritmo da pulsão. A elaboração lacaniana conceitua mais precisamente essa etapa lógica da passagem da linguagem à palavra, do significante Um (recalcado) à cadeia dos S2 falada por um corpo, inventando o objeto a. A letra: a é aquilo que cai entre dois significantes. Ela causa aí um intervalo, uma tensão de onde se engendra o sujeito.
Vamos ver se perfilarem dois elementos lógicos, duas constantes (a e -f) cuja articulação esquematiza o enodamento do real ao simbólico, graças ao imaginário3 .
A Hilflosigkeit do pequeno nascituro, sua falta a ser, se assimila a uma perda (que Lacan escreve: a) que ele negocia na pulsão, e que vai agora referir à diferença sexual imaginada como aquilo que falta ao Outro materno, e que Lacan escreve -f. A nomeação pelo pai real faz dessa diferença um significante: F. De falta a ser, o (a), causa do desejo, adquire o estatuto de uma perda de objeto que se faliciza e toma lugar na fantasia.
Pode-se pensar com Lacan4, que esta confusão salutar (a = -f) entre a falta a ser e a ausência de pênis em um dos dois sexos se estabelece no “estádio do espelho”.
Com o narcisismo secundário, a falta passa do ser ao ter, e a ausência significa a castração, sob o golpe do interdito paterno.
A letra que não se pode desaparece como o pênis é, ou será, cortado. – A cadeias de Markov tomam ao pé da letra o carretel freudiano.
A fobia, como outras patologias contemporâneas, resultaria – seria nossa primeira hipótese – de uma dificuldade no processo de simbolização devido a uma falta de eficiência do pai real que não poderia objetivar o -f como perda simbolizada, subjetivada.
Cabe aqui distinguir o que se passa em cada pólo da díade mão-filho.
A mãe é reconhecida faltante, mais sua falta não pode ser referida a outro lugar senão em sua relação com seu filho, que, desde então, lhe serve de falo imaginário5. Isto é, a falta na mãe é imaginariamente preenchida por seu filho-falo. Sua relação a ele é sexuada (e não sexual) na medida em que, para ela, osímbolo fálico6 tomou o lugar do objeto a, sem todavia ter podido ser interditado como tal, isto é, sem passar a significante.7
Clinicamente, os não ditos das gerações anteriores (o que não foi inter-dito) sustentam no inconsciente dessa mãe uma nuvem, um perfume de incesto, a esperança de um gozo ilícito mas não recusado, não contestado.
No que concerne ao filho, sua imagem especular (construída a partir de seu primeiro outro) não lhe aparecendo furada no nível do sexo, tudo se passa como se a nomeação do desejo da mãe (não se trata de foraclusão) fracassasse, como se o interdito8 não pudesse excluir o objeto, e então nomear seu lugar vazio. O interdito-nomeação se detém no objeto pulsional, na medida em que o símbolo não adveio para ele. Sua mãe o coloca para ela mesma no lugar de falo imaginário negativado (-f), mas ele se vê no lugar de objeto a-sexuado, objeto insensato de uma demanda (SàD), isto é, de uma pulsão parcial.
A causa do desejo (a) não recebe seu nome, por falta de instauração do símbolo sexual – é a segunda hipótese -, e então não pode passar a significante (não há subjetivação), ela permanece uma hiância no sujeito, sem imagem especular, sem referência a um outro separado, sem alteridade “vivida”,corporificada.
Esse (a) não terceirizado fica sendo, para o sujeito, uma questão privada entre ele e sua mãe, numa troca dual, como eram os objetos parciais. E em particular, já que estamos no estádio do espelho, como olhar … siderante.
O objeto fóbico vem substituir uma exigência simbólica9. Ele é um resto destes “apagadores” da falta que são os objetos pulsionais parciais. Real, ele mascara a hiância no Outro que, desde então, não pode se inscrever, tanto quanto o Outro, que daí resulta.
O objeto fóbico, que é sempre intimamente ligado ao olhar, é uma construção que assume a angústia de separação, no momento lógico em que a perda do objeto a (fora do sentido, fora da linguagem) deveria ser reconhecida (pela referência à diferença sexual) e recalcada pela nomeação fálica, no momento em que a carne se torna um corpo que cede ao significante.
Mas ao mesmo tempo, diante da presença de um terceiro, mesmo desvalorizado, este objeto que faz crer numa possível não separação, gera não somente uma angústia, mas uma culpa10. Pois se a inscrição (fálica) não pode ser lida pelo sujeito, se o furo que marca seu corpo11 não pode, para ele, produzir significante, não pode se inscrever na subjetividade, o objeto pulsional foi, entretanto, inter-dito. Ele é ilegal, fora-da-lei fálica, e portanto fora do sentido, letra que sobra de um gozo culpado.
Cada ataque ao narcisismo do sujeito vai ressoar com a primeira separação, e recolocar em cena o olhar mudo, provocando a cada vez uma pletora de suposições inquietantes, verdadeira “hemorragia do imaginário”, desse registro que falha no sujeito fóbico.
“Para compreender a gênese da fobia para um sujeito, é preciso voltar a sua pré-história, […] aos segredos das gerações12.”
Pré-história ou pré-inscrição consiste, para um filho, em erotizar aquilo que escondem dele, o segredo se comportando como um interdito de saber relativo a um gozo ilícito. Foi assim com Édipo, que realizou a previsão temida de seus pais.
É primeiramente através das trocas com a mãe que passam os não-ditos, presentes no desejo do Outro, que dão seu lugar ao sujeito no romance familiar. O discurso dos pais dá estofo em seguida à “lenda”, e seus significantes apoiarão a inscrição que lhe designa esse lugar.
O trabalho de análise consiste em ler, na transferência, estas inscrições e em reencontrar as suposições que o sujeito fez a partir delas. É aqui que intervém o desejo do analista, um desejo Outro que visa a pura diferença, o (a) recalcado, maquiado pelas inscrições, pelos significantes – nisso incluídos os “objetos” fóbicos – que desnaturam e mascaram a letra.
No caso particular da fobia, onde o objeto olhar constitui a tela imaginária para a angústia, é, entre outras, a voz do analista que pode substituir a pulsão escópica monstruosa que afeta os objetos. É bom, no caso, que o dispositivo analítico retire o analista da visão do analisante, e vice-versa.
É na pulsão, anteriormente outrificada, erotizada pela mãe, isto é, nisso que enoda o corpo ao significante, que pode ser lida a inscrição inconsciente, restituindo ao sujeito a parte que lhe cabe no seu romance familiar.
Daí a importância do corpo na transferência (transferência contactual de Lina Balestriere 13), mesmo que o aparecimento da fantasia e do desejo inconsciente seja uma etapa necessária, assim como, sem dúvida, uma reabilitação narcísica do sujeito. Reabilitação que, como ressalta I. Diamantis14, pode se produzir no momento de um luto, na separação (enfim) realizada; tal como pode suscita-la, acrescentaremos, a escansão ou o silêncio do analista.
Idealmente, a atenção dita flutuante do analista se liga à música do discurso do analisante e permite ao bom entendedor se apossar de uma letra (em falta ou em excesso), de uma pontuação, para ler de outra forma o que é dito através do dizer, e assim inscrever a letra na pulsão invocante.
A letra é escutada como uma falsa nota na expressão do gozo pulsional, que assinala a impossível separação simboligênica. Com efeito, se (a) representa (-f) no inconsciente, se o objeto a representa o sexual a vir, e à “espera” de sua nomeação como significante, a presença desse resíduo em lalanguedo sujeito atesta a persistência de um tipo de gozo caduco, fora da linguagem.
A leitura da letra – que passa necessariamente pelo corpo, pela pulsão – na transferência, pode permitir recolocar em cena o objeto a que foi ativo na “fase” perverso-polimorfa, e que constitui o que Diamantis15 chama de nó fóbico, comum às diferentes neuroses. O objetivo sendo que este objeto possa se constituir como separado, na medida em que, para o sujeito fóbico, há indistinção entre ele mesmo (sua imagem, isto é, seu eu) e seu laço pulsional (incestuoso) a sua mãe (o Outro primordial). O que se chama: o gozo.
O olhar, objeto a, que surge na ocasião de um colapso do eu (ataque narcísico), lembra ao fóbico que ele é esse objeto, ao mesmo tempo não separado e jogado para fora, esse objeto da negociação perverso-polimorfa que deveria ter sido recalcado e inter-dito, o que se chama: castração simbólica16, em que é reconhecida a alteridade do objeto, sua “extimidade”.
Na falta da eficiência do interdito paterno para a subtração de gozo, compreende-se que, se a angústia face ao desejo do Outro “só é coberta pelo objeto fóbico”17 – sempre no campo do olhar –, qualquer manifestação minimamente apoiada desse desejo virá inchar o embuste (o objeto fóbico) de sua importância para o sujeito: vital.
Um olhar que se perde no ilimitado, que desaparece no negro, que se fixa na intensidade, surge na surpresa ou se demora com complacência, reavivará a angústia de separação – desaparecimento, uma angústia indizível, inexplicável, fora do sentido, que não tem nem mesmo a ameaça de castração por álibi. Tudo pode acontecer, sem recurso possível diante do vazio que se cava.
A metáfora paterna, nomeando o desejo do Outro, o sexualiza referindo-o ao Outro sexo e dá um esperança … para mais tarde.18 É assim que o Falo simbólico toma o valor de um bem supremo que empurra o sujeito para a vida, para um desejo sexuado através de sua fantasia.
Segundo Diamantis19, o estudo da fobia demonstra que o “acesso ao outro do sexo oposto passa pelo caminho das pulsões, e não pela diferença sexual”. Seria na medida em que a pulsão “outrifica” a libido, permitindo o encontro da alteridade, a dependência em relação à linguagem, e a entrada no “discurso, único que pode excluir um sexo para designar o outro”? Com efeito, contrariamente ao discurso, o inconsciente não conhece a negação a não ser sob a forma da expulsão. Pois o filhote de homem é afetado antes de pensar, pois o acesso de uma coisa à consciência passa pelo julgamento de atribuição antes do julgamento de existência20, pois o recalque é primeiro e a subjetivação da Coisa (a a-Coisa) só é permitida pela atribuição da falta estrutural do humano a uma falta do objeto, da qual a diferença sexual é uma das vicissitudes, isto é, somente in fine, pela negação do símbolo fálico (que nesse momento se torna um significante), isto é, por uma dupla negação.
Lembremos que Freud datava no tempo pulsional (entendido como tempo lógico) o nascimentos de um novo sujeito, ein neue subjekt, e não na apercepção da diferença anatômica dos sexos. Dito de outra forma, o “estádio do espelho” só adquire sua eficácia pela intervenção concomitante das palavras do Outro, numa demanda recíproca (SàD), que concerne a um embuste, pretensamente perdido pelo corpo.
Não seria então o imaginário do símbolo que falta aqui, tornando impossível sua colocação em equivalência com a perda, e então sua nomeação?
Isto faria da fobia o paradigma de um acidente da simbolização, pela falta de um apoio suficiente no imaginário para a função paterna.
Bem mais que isso, chegaríamos a dizer que a fobia “comum” testemunha a fragilidade dessa função, e o peso “neurotizante” da figura do Um Pai, ainda por cima eterno.
Quer se queira ou não, para nossa civilização oriunda do monoteísmo, é a linguagem, ou mais exatamente a palavra, o inter-dito trazido pela voz de um terceiro real, e não o inconsciente, que permite a dupla negação, a subjetivação da perda, e, por via de conseqüência, a sexuação do sujeito humano, sua tomada num desejo.
Lembremos ainda que a única ligação entre o corpo e o inconsciente, estruturado como uma linguagem, é representada pela letra (a materialidade do significante), e objetivada pela pulsão parcial, pelo objeto a, aqui a voz, que substitui o olhar siderante. O sujeito de-siderado torna-se desejante.
Dizendo de outra forma: o objeto a, real, enoda o corpo ao significante (F ou S1) passando pela negativação do símbolo (-f), isto é, pelo que Freud conceituou sob a forma do interdito do incesto.
Quanto ao complexo de Édipo, um sonho de Freud segundo Lacan, ele traz a marca superegóica do Um todo poderoso que monopoliza o Falo em nome do Pai.
Sem dúvida, Lacan o atenuou com os Nomes-do-Pai plurais, mas talvez conviesse não ocultar este dado antropológico que quer que na aurora da humanização, o homem se tenha desprendido do olhar “totalizante” pela imagem produzida por suas mãos, que “propõe ao olhar a imanência de uma ausência”,21 de uma alteridade.
Talvez o Um, incontornável, não fosse obrigatoriamente o Pai? A transferência que coloca um significante em posição de exceção, e o afeta com o traço Um poderia, criando com a pulsão uma imagem da perda, realizar as condições de um desprendimento da fusão incestuosa?22
O símbolo constituído pelas “mãos negativas”23 encontradas nas grutas paleolíticas dariam testemunho disso. A transferência do pigmento, soprado pela boca sobre a mão colada na parede, deixa, quando ela é retirada, uma borda, a marca de uma ausência visível, a de um sujeito liberado graças à imagem, equivalente à letra cedida por um sujeito falante que se busca de significante em significante.
O trabalho de J.-M. Forget24, que propõe “reintroduzir o imaginário a partir de uma vacuidade no Outro”, mostra que nos acting e sintoma–out dos adolescentes com os quais ele lida, “o que é recusado pela palavra é chamado pelo olhar”. Procurando “o fechamento do circuito da pulsão em torno de um vazio”25, trata-se para eles de tentar suscitar um “novo sujeito”, colocando em cena o que deveria ser no Outro um traço de corte, um traço de renúncia, a marca de um impossível…”26.
Ali onde a pulsão invocante falta, um apelo é lançado ao olhar, como na fobia, se bem que de outra maneira.
Charles Melman evocou, em Paris, no último dia 16 de março, uma outra possibilidade de mudança de objeto pulsional, a propósito da anorética, inacessível pelo tratamento clássico em sua resolução implacável, e para a qual ele sugeria a prescrição de… cursos de canto. Um pouco, dizia ele,”como o que faziam os xamãs”.
O Um separa do Outro; comumente, até há pouco, o pai separa da mãe. Mas se esta separação vem de outro lugar, se ela sobrevém por outro lugar, seria a mesma coisa?
Pode-se imaginar que a struggle for live a que estavam submetidos nossos ancestrais antes de neolitização tinha um efeito separador de facto, pela pressão vital exercida permanente e indistintamente sobre os dois sexos.
O capitalismo liberal democrático que nós conhecemos, em que tudo parece possível, não haveria um efeito semelhante, que torna homens e mulheres (quase) iguais diante da lei do mercado, submetendo-os todos à norma-macho, ao todo fálico?
Mas talvez o homem das origens não tivesse inconsciente?
Talvez o significante fálico não viesse, para ele, anular a própria idéia de um Outro gozo, não-todo nas palavras?
Nas patologias atuais, com a “derrota da transcendência divina do Pai”, onde se vê reduzirem-se as capacidades de transferência dos sujeitos que nos são endereçados, mais do que se endereçam a nós, estaríamos assistindo ao desaparecimento do inconsciente?
Talvez o próprio sujeito do inconsciente seja resultado do monoteísmo?
1. Tradução: Pedro Silveira; Revisão: Sergio Rezende
Para ler o texto original: http://www.freud-lacan.com/articles/article.php?url_article=pdanhaive010508
2. Nesse estádio, uma questão nos importa: em que medida, o Nome-do-pai, que resulta do monoteísmo, se confunde com o significante fálico? Vê-se bem que, se eles são mais ou menos confundidos, o desmantelamento da função paterna que observamos atualmente terá uma influencia no estabelecimento do significante mestre.
3. Nos apoiaremos mais adiante na distinção entre o símbolo e o significante fálico.
4. J. Lacan, O seminário, 1962-1963, A angústia, Edição da ALI.
5. Aqui se coloca precisamente a questão de saber se a rolha em questão (o filho) tem para ela e/ou para ele mesmo, estatuto de falo ou então de objeto a.
6. Retomamos esta interessante distinção entre símbolo e significante fálico de Gisèle Chaboudez, emRelação sexual e relação dos sexos, Denoel, Paris, 2004.
7. O símbolo f designa uma presença sob o modo imaginário, enquanto que o significante F nomeia uma ausência que ele anula – assim como, por outro lado, a possibilidade de um gozo suplementar para uma mulher.
8. Uma maneira elementar mais eficaz de nomear um objeto é interdita-lo, o que resulta em expulsá-lo, segundo o mecanismo descrito por Freud com a Verneinung, a negação.
9. A subjetivação da falta.
10. O que diferencia a fobia da perversão.
11. Lembremos que a pulsão deixa o corpo furado por orifícios erotizados como, em lalangue, a queda de uma letra separa os significantes por uma hiância que chama a continuação da cadeia. O sujeito é empurrado para a frente.
12. Irène Diamantis, Les Phobies ou l’impossible séparation, Champs Flammarion, Paris, 2003.
13. In L. Balestries, J. Gogfrin, J.-P. Lebrun, P. Malengrau, Ce que est operant dans la cure, Erès, 2008.
14. I. Diamantis, op. cit.
15. Op. Cit.
16. “A castração quer dizer que é preciso que o gozo seja recusado, para que ele possa ser atingido na escala invertida da Lei do desejo” (Lacan, Subvertion du sujet, in Écrits, p. 827)
17. J. Lacan, Écrits, p. 824.
18. É esta “colocação à distância” do objeto que traz dificuldade para o sujeito fóbico.
19. Op. Cit, p. 170
20. S. Freud, Die Verneinung, (1925), La négation, em Obras Completas, tomo XVII, PUF, Paris, 1992.
21. Marie José Mondzain, Homo spectator, Bayard, Paris, 2007.
22. Isto nos remete, sem dúvida, à difícil questão da sublimação.
23. Remetemos, a este propósito, ao nosso trabalho: Pierre Danhaive, De l’Aurignacien au Lacanien…., in Bulletin de l’Association freudienne internationale, Paris, nº 79, setembro 1998.
24. J.-m. Forget, L’adolescent face à ses actes … et aux autres, Éditions Erès, 2005, p. 154.
25. Ibidem.
26. Ibidem.